Ano ruim para a Segurança Pública: Policiais Civis sem valorização e com redução salarial

A governadora de Pernambuco, às vésperas de Natal, entregou aos servidores pernambucanos um verdadeiro “presente de grego”. Em um ano que não houve reajuste salarial para os servidores do Executivo, com exceção da remuneração da própria governadora, Raquel Lyra conseguiu reduzir os salários e aposentadorias dos mais de 4 mil policiais civis, dentre ativos e aposentados (que são usuários do SASSEPE) pois aumentou o percentual de desconto do SASSEPE.

E o reajuste veio junto com a declaração do Hospital Santa Efigênia, sediada em Caruaru, da rescisão contratual por falta de pagamento, não apenas com valores devidos pelo governo anterior, mas também pela atual gestão. O ano de 2023 entrará para a história como a mais trágica para os servidores públicos, pois acreditavam que a primeira mulher eleita governadora de Pernambuco tivesse um olhar diferenciado justamente para aqueles que fazem a máquina estatal funcionar – como havia prometido em propaganda eleitoral.

Na mesma semana, o governo do Estado anunciou que “economizou” até novembro de 2023 quase R$ 700.000.000,00 (setecentos milhões de reais). E quem paga o pato é o cidadão com menos policiais nas ruas, menos médicos e enfermeiros nos hospitais, menos remédios nas farmácias populares, menos estradas construídas ou reformadas, etc.

O SINPOL e os policiais civis estão à disposição do governo para cada vez mais prestarem um bom serviço à sociedade pernambucana, mas para isso precisam de condições dignas de trabalho e salariais. Temos uma das polícias mais eficiente do país e também estamos entre as menos valorizadas do Brasil. Que o governo Raquel Lyra não tente fazer com a Polícia Civil o que fez com o Hospital Santa Efigênia em sua terra natal.