Policial Civil cria aplicativo que facilita a comunicação entre deficientes auditivos e Policiais
Policial Civil cria aplicativo que facilita a comunicação entre deficientes auditivos e Policiais
Carolina Barbosa explica que o app ajuda na forma de proceder aos pedidos, além de contribuir na abertura do Boletim de Ocorrência
Um trabalho de inclusão para os deficientes auditivos nas Delegacias de Polícia têm chamado atenção. A Policial Civil Carolina Barbosa, de Jaqueira, na Mata Sul de Pernambuco, criou um aplicativo que ajuda na maneira de proceder aos pedidos, chamado de LibrasCop.
De acordo com Carolina, a ideia surgiu após uma jovem deficiente auditiva chegar à Delegacia acompanhada da mãe e do namorado. Na ocasião, o comissário que estava no plantão no momento do registro da ocorrência não conseguia se comunicar com a jovem e se reportava apenas à mãe da menina. Carolina, que entendia um pouco de Libras, conseguiu se comunicar com a jovem e percebeu que a mãe passava as informações de forma equivocada.
‘‘Vi que há muito desinteresse em aprendizado de Libras desse caso, eu decidi voltar a estudar Libras que tinha abandonado fazia uns anos. Hoje estou fluente. Fiz pós-graduação em Libras e sempre me atualizando’’, Conta a Policial.
No final do curso foi preciso desenvolver um projeto foi quando Carolina criou um aplicativo de Libras focado somente na Polícia Civil em termos da Polícia no momento da abertura do Boletim de Ocorrência (B.O). ‘‘O app serve para aquele Policial que não sabe nada em Libras, para ele olhar e saber dar um bom dia e coisas muito específicas também como: um surdo que diga que quer abrir um B.O e coloquei assim “tipificação de crimes mais comuns”. Observei os termos mais falados e os B.Os e fui acrescentando ao vocabulário’’, explica.
A ideia é continuar atualizando, pois a libra assim como Português, é uma língua viva e existem novos termos, gírias e também frases. No aplicativo existe as opções: Alfabeto Manual, Vocabulário, Frases Úteis e o Fale Conosco. Essa área é reservada também para sugestões caso algum Policial sinta falta de alguma palavra ou termo.
‘‘Se a comunidade surda soubesse que os Policiais estão mais preparados para atender, eles iriam procurar mais vezes a Delegacia. Muitos deles não vão porque não vai ter ninguém para interpretar, ou acha que não vai conseguir se comunicar. Então eles têm o problema, mas fica em casa’’, finaliza Carolina.