Diga não ao assédio moral criminoso que alguns gestores estão praticando contra Policiais Civis: denuncie
O SINPOL tomou conhecimento que alguns gestores estão assediando moralmente os Policiais Civis que estão no grupo de risco do coronavírus para forçá-los a trabalhar em contato com o público. Contrariando a Organização Mundial de Saúde, Ministério da Saúde e a própria portaria 92/2020, editada pelo Estado, alguns chefes fizeram um modelo padrão de “requerimento de negativa de teletrabalho”.
Os Policiais Civis do grupo de risco, em especial os com idade acima de 60 anos, estão sendo coagidos a assinarem o requerimento “abrindo mão” do direito de ficarem em casa enquanto durar a pandemia do COVID-19. A portaria 92/2020 prevê justamente o contrário, garantindo o direito do Policial Civil exercer suas funções em casa, desde que a PCPE forneça condições para isso.
Para o presidente do Sinpol, Áureo Cisneiros, “a desumanidade dessas pessoas é constrangedora. Uma total falta de empatia, em não se colocar no lugar do próximo. Eu pergunto: se os idosos ou portadores de doenças pré-existentes que estão no grupo de risco fossem os pais, ou irmãos desses seres humanos, eles agiriam assim? A resposta é óbvia. É triste, nesse momento de crise, ver pessoas com a mentalidade de fazer maldade dessas com um colega de trabalho. Ninguém está no grupo de risco porquê quer, é dever do Estado garantir isso a ele: o direito a quarentena”, desabafa.
Diante do exposto, o SINPOL orienta aos servidores públicos que NÃO preencham o requerimento. Além disso, o sindicato também informa que está à disposição dos Policiais Civis para processar, por assédio moral, qualquer pessoa que o pratique, lembrando, ainda, que o ato constitui infração e improbidade administrativas por violação aos princípios constitucionais. Por conta da gravidade do assunto, o Sinpol já entrou em contato com a GRH, através de Benedito Anastácio, que foi categórico ao afirmar que o documento não tem validade alguma e, provavelmente, foi produzido por iniciativa própria de algum gestor, fato que se agrava a situação.